top of page
Buscar
  • comunicairi

O que tenho feito para sobreviver à quarentena

Atualizado: 18 de abr. de 2020

Relato de Lucilene Andrade, Assistente Administrativa do IRI


No dia 23.03.2020, fui ao IRI trabalhar !! Sim, eu fui trabalhar. Seria meu retorno das férias. Mesmo sabendo que ninguém estaria lá, eu fui. Sabe aquela sensação de tristeza? Assim me senti andando pelos corredores vazios do prédio.


Minhas férias? Na primeira semana, logo após o carnaval, consegui passar 7 dias em Floripa, sem nunca imaginar que daqui alguns dias aquelas praias estariam fechadas e proibidas! Eita, que sorte eu tive!


Dois dias após o retorno da praia, a segunda parte das férias começaria, mas no aeroporto, pronta para embarcar, iríamos fazer um Cruzeiro fora do Brasil, recebemos a notícia de que tudo tinha sido cancelado! De início sentimos aquele ódio e decepção, pois tudo havia sido planejado com tanta antecedência e, de repente, um balde de água fria jogado em nossas cabeças! Eita que azar!! Cancelaram nosso cruzeiro!! Mas de volta à realidade percebemos o risco que estávamos correndo se tudo não tivesse sito cancelado mesmo... talvez neste momento eu estaria presa num navio por aí!! Melhor ficar presa em casa, não é mesmo? Eita que sorte eu tive, de novo!!


Pois bem, meu sentimento hoje é de abandono. Abandonei meu prédio onde trabalho (apesar de dar aquela olhadinha diária nas câmeras e ligar pra saber como estão as coisas), abandonei meus planos, abandonei meus treinos de corrida que tanto me fazem bem, a academia, minha dieta!!! Gente que sensação de abandono estou sentindo!

Minha rotina mudou e já estou há 6 semanas meio assim... sei lá!


Pra não perder o dia todo, tentei estabelecer nova rotina: acordo cedo, mas agora posso ficar mais um pouquinho ... ai que delícia, não posso negar que isso é bom, não é?! Tomo café da manhã com toda calma do mundo, coisa que nunca faço em dia normais, enquanto assisto na TV as repetidas notícias sobre o COVID-19. Acho que já estou PHD no assunto, se bem que algumas informações são bem desencontradas.


Após o café da manhã, hora do home office: abrir os sistemas, verificar e-mails e fazer o que for necessário, sempre à postos para atender e responder rapidinho as demandas que surgem.


E a corrida? Os treinos? É importante manter o corpo ativo, mas com certeza não está sendo fácil não poder sair pra correr, sentir o vento na “cara”, mas se é para o bem de todos, bora treinar no quintal mesmo. Sei que a intensidade não é a mesma, mas tenho feito pelo menos 60min de exercícios. Um dia esteira, outro ginástica guiada por lives ou vídeos no youtube e assim vamos indo. Me esforço pra não burlar os treinos, pois a comilança tá demais!! Todo dia uma receita nova ... comendo fora dos limites. Dieta abandonada com sucesso! Ansiedade pura, com certeza.


Tempo de colocar as leituras em dia, assistir filmes, coisa que nunca faço em dias normais; limpar, limpar, limpar e limpar a casa, já que a faxineira também está de quarentena na casa dela. Ficar com minhas dogs Nina e Meggy, meus grudinhos que ficam no meu pé o dia inteiro, sei que vão sofrer quando eu voltar a trabalhar, mas sei que eu também vou, rs.

Mas enfim, neste momento, o jogo de cintura, o ócio criativo e a consciência de que ficando em casa estou cuidando das pessoas que tanto amo (meus pais idosos) é o que me inspira a continuar firme e forte, dentro de casa, esperando tudo isso passar e a rotina voltar!


Um grande abraço aos meus colegas do IRI!

41 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
  • Facebook
  • Twitter
  • YouTube
  • Instagram
bottom of page