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Pequeno relato da viagem repentina de volta à Coreia do Sul (parte 1)

Atualizado: 16 de abr. de 2020

Eunjae Kim, aluna de mestrado do IRI, conta como está sendo voltar à Coreia, seu país de origem, em tempos de pandemia.




Estou na Coreia do Sul de novo desde o dia 4 de abril. Depois de diversas considerações ao longo das últimas três semanas, resolvi voltar para casa. Não adianta escrever exatamente o que me trouxe de volta para cá em 5 semanas. Só quero dizer que eu me sentia exausta com a crise a que tenho sido exposta há três meses por conta das férias que tinha passado na Coreia de janeiro até fevereiro. Tentei aceitar essa fase como uma parte do meu mestrado e superar perto de amigos estando no Brasil. Mas por uma série de motivos pessoais, cheguei à conclusão de que dar continuidade nos estudos ao lado da família seria a melhor opção neste momento. Viajei leve com apenas uma mochila e uma malinha e o resto está em SP.


Antes de começar um pequeno relato da viagem, queria ressaltar que independentemente do país onde esteja, tomaria a mesma decisão. Quero deixar claro que retornei para Coreia não porque estava no Brasil. Com estabilização relativa da situação doméstica da Coreia (o país asiático foi um dos países onde o vírus se espalhou desde cedo, em janeiro), até o final de março chegavam de 7000 a 9000 passageiros cada dia cuja maioria é estudantes que estudavam fora. Após medida do governo no dia 27 de março a obrigar todos que cheguem do exterior entrarem em quarentena por 14 dias, o número de visitas de curto prazo diminuiu e nessa semana estão chegando de 6000 a 7000 pessoas em média. Portanto, enquanto novos casos confirmados reduziram de 50 a 100 diariamente, a proporção das infecções vêm de fora atinge mais que 50% desses novos casos.


Nesse site, pretendo compartilhar certas partes da minha viagem repentina de volta para Coreia do Sul. Por causa da situação inédita gerada por epidemia em todo o mundo, essa última viagem foi nitidamente diferente de outras nove viagens (de ida e volta) que fiz entre o Brasil e a Coreia desde 2013.


Viajei tudo isso com tanta facilidade que mal reconhecia fronteiras entre Estados. Por ter nascido na Coreia do Sul, por ter passaporte emitida pela Coreia do Sul, por falar língua coreana e por ter aprendido história coreana, sempre mantinha o sentimento de pertencer à Coreia. Todavia, mal sentia existência do Estado. Era sempre mais ligada com família e frequentemente com meu bairro, cidade e ao máximo com meu estado Kyeonggi.


Enquanto morava no Brasil, sentia que eu pertencia ao Brasil. Essa última viagem para a Coreia no meio da pandemia foi a primeira ocasião em quando cheguei, senti que pisei território sul-coreano, fui recebida por meu país, estou sendo protegida por meu governo e seguem responsabilidades.

(to be continued...)

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